Tempo seco aumenta risco de incêndios em vegetação em SC 5e6310
Para evitar tragédias, o CBMSC recomenda medidas simples. p4c3i
Com o avanço do outono e a redução da umidade do ar em Santa Catarina, cresce a preocupação com incêndios em áreas de vegetação. O Corpo de Bombeiros Militar do Estado alerta que, nesta época, as condições são propícias para a propagação do fogo, o que coloca em risco o meio ambiente, propriedades e vidas humanas e animais. h346
O cenário crítico é agravado, principalmente, por ações humanas. Muitas das ocorrências têm início a partir de comportamentos negligentes, como o descarte de bitucas de cigarro em locais secos, a queima irregular de lixo ou a realização de fogueiras sem o devido cuidado.
No sistema da corporação, esses episódios são classificados como incêndio florestal, incêndio em vegetação ou incêndio em terreno baldio — todos envolvendo áreas abertas e suscetíveis ao fogo.
De acordo com o tenente-coronel Zevir Aníbal Cipriano Junior, que coordena as ações de prevenção e combate aos incêndios florestais no estado, o período de estiagem torna o ambiente ainda mais vulnerável. Ele destaca que pequenas imprudências podem resultar em grandes tragédias ambientais e até ameaçar a vida de pessoas e animais.
Entre as causas mais frequentes, os bombeiros listam a queima de resíduos, o uso de maquinário que produz faíscas, atos de vandalismo, fogueiras acesas em locais inadequados, rompimentos de cabos elétricos e, em casos mais raros, fenômenos naturais como raios.
Para evitar tragédias, o CBMSC recomenda medidas simples, como evitar queimadas perto de áreas verdes, não jogar lixo ou cigarros em vegetações secas, e ter extremo cuidado ao acampar ou fazer trilhas. Em regiões próximas a florestas, também é essencial manter aceiros e controlar o crescimento da vegetação ao redor das propriedades.
O tenente-coronel ressalta que preservar as florestas é uma forma de proteger a biodiversidade e os recursos naturais. Ele lembra que o fogo não é apenas perigoso — é uma responsabilidade coletiva.
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Os danos causados por incêndios florestais vão além da perda da vegetação. O solo sofre degradação, os cursos d’água podem ser comprometidos, e há um aumento significativo na emissão de gases que contribuem para o aquecimento global.
A fumaça também afeta a saúde da população, agravando doenças respiratórias, principalmente em grupos mais vulneráveis como crianças e idosos.
A legislação brasileira é rigorosa quanto à prática de incêndios em áreas naturais. Segundo a Lei nº 9.605/98, causar fogo em matas e florestas é crime e pode resultar em multas e até prisão. A soltura de balões também é proibida, e o uso controlado do fogo depende de autorização dos órgãos ambientais, como o Ibama.
Em caso de avistamento de focos de incêndio, a orientação é manter distância e acionar imediatamente os bombeiros pelo telefone 193. A rapidez na comunicação é fundamental para conter o avanço das chamas.