Meteoro explode no céu e ilumina cidades do Sul com brilho esverdeado 1yj44

Um espetáculo celeste chamou a atenção de moradores do Sul do país na noite da última quarta-feira (23). Por volta das 19h01, um meteoro cruzou o céu de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, gerando uma explosão de luz que durou cerca de 10 segundos. 4j4g36

Em Monte Castelo, no Norte catarinense, uma câmera de monitoramento captou o momento exato da agem, embora sem registrar as cores observadas por quem viu o fenômeno a olho nu.

Em diferentes cidades, como Timbó, Indaial, Pomerode e regiões vizinhas, moradores relataram ter visto uma intensa luz esverdeada riscando o céu, seguido de uma rápida explosão. Um dos relatos mais curiosos veio de um agricultor, que afirmou que a luminosidade clareou toda a lavoura por alguns instantes, como se fosse dia.

Segundo o G1 SC, o responsável pela câmera que registrou o meteoro, o astrônomo amador Jocimar Justino, explicou que a ausência de cor nas imagens se deve ao fato de o equipamento operar no infravermelho, faixa que capta calor, mas não reproduz fielmente as tonalidades visíveis ao olho humano.

A tonalidade esverdeada, comum em fenômenos como esse, tem origem na composição química do meteoro e na maneira como ele interage com os gases da atmosfera. Segundo Justino, em altitudes acima dos 70 quilômetros, a presença de oxigênio atômico tende a gerar brilhos nas faixas do azul e do verde.

Já nas camadas mais densas, outros elementos e a maior temperatura influenciam na mudança de cor, podendo resultar em tons alaranjados ou vermelhos.

O brilho incomum também tem explicação física: ao penetrar a atmosfera terrestre em altíssima velocidade, o meteoro enfrenta grande resistência do ar, o que gera calor e provoca a incandescência do material.

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Esse processo, semelhante ao teste de chamas utilizado em laboratórios para identificar metais, revela diferentes cores conforme os elementos presentes — como o cobre ou o níquel, responsáveis por tonalidades verdes.

Embora impressionante, esse tipo de evento não é raro. Redes de observação astronômica ao redor do mundo monitoram constantemente a entrada desses corpos celestes, que variam de minúsculas partículas a fragmentos com até um metro, classificados como meteoroides. Quando atingem a atmosfera, am a ser chamados de meteoros — e se resistirem ao impacto e alcançarem o solo, tornam-se meteoritos.

Neste caso, apesar do brilho intenso e do susto em algumas regiões, não há registro de que o meteoro tenha tocado o solo. Mesmo assim, a breve aparição foi suficiente para causar iração e movimentar redes sociais com vídeos e depoimentos sobre um dos mais antigos e fascinantes fenômenos do universo.

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