Mery escolhe viver e, dessa vez, é ela quem conta a própria história 4o2a1i
Peço licença ao leitor para escrever este texto em primeira pessoa. e2s3z
Em julho do ano ado, publiquei uma reportagem aqui no Misturebas News informando que Mery pediu para ser internada em uma clínica de desintoxicação.
Escrevi no final: “Todos os dias faço o mesmo caminho e nele procuro por Mery, com certo medo de achar. Nós do Misturebas News esperamos que um dia ela leia essa reportagem e esteja bem para dar a sua versão da própria história”.
Este dia chegou. h4762
Internada na clínica em Ituporanga, onde Mery ou oito meses, ela teve o a reportagem, que foi lida por uma terapeuta.
Agora, em sua casa (queimada por um incêndio), onde aos poucos reconstrói a vida, ela recebeu a nossa equipe para uma conversa sincera e emocionante.
Mery está com 43 anos. Contou que começou a usar drogas aos 20, em festas. Primeiro ecstasy, depois cocaína e o crack.
Segundo Mery, usar crack é “beijar o diabo na boca”.
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A dependência química levou a diversos episódios de violência, muitos dos quais ela nem gosta de lembrar.
A decisão de ser internada foi tomada por ela, incentivada pelo filho Gabriel.
Depois de chegar tão perto da morte, Mery decidiu viver.
Ela está limpa há 9 meses e, surpreendentemente, afirma que tem sido mais fácil do que imagina. O segredo, aprendeu na clínica, inclui três questões importantes: hábitos, lugares e pessoas.
Precisou mudar de hábitos, evita certos lugares e certas pessoas. 52t5e
Assim, Mery vai levando os dias, e contando com a solidariedade de quem torce por ela.
Está vivendo de forma precária, mas as coisas estão melhorando, já ganhou colchão, roupas e geladeira.
O maior desejo agora é voltar a sorrir. Mery perdeu boa parte dos dentes em função do uso do crack.
Assista abaixo a entrevista completa.