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Mulheres denunciam assédio sexual na Petrobras: “dormia com chave de fenda” 1l5g6i

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Na segunda (3), a Petrobras criou um grupo de trabalho focado em incentivar e receber denúncias de assédio sexual na empresa. A medida surge após anos de relatos de abusos e ameaças por parte de funcionários homens contra as mulheres. 2k6g1m

“Em um dos embarques, quando eu estava sozinha no alojamento feminino à noite, o telefone tocava e era uma pessoa gemendo na chamada. Eu acho que eles fazem isso para criar um ambiente de medo. É uma intimidação, e eu só desligava. Teve um dia em que ele ligou e disse: “eu sei que você está aí sozinha, talvez eu te faça uma visita”” – relatou uma das funcionárias, que não quis se identificar.

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A mulher contou que escolheu não denunciar o caso aos superiores por se sentir em minoria no local. Segundo ela, a maioria dos homens faziam pouco caso dos relatos e insinuavam que as mulheres provocavam tais atitudes.

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“Os homens na época minimizavam a ocorrência e diziam que as mulheres “davam muito problema a bordo, mulher reclama demais”. Eu nunca me senti validada para relatar isso para a liderança, porque eu sentia que seria revitimizada. Então, eu não falei nada com chefe nenhum, mas dormia com uma chave de fenda debaixo do travesseiro” – finalizou a mesma funcionária.

A Petrobras recebeu comunicados que informavam sobre os casos de assédio, dando foco especial em três deles, ocorridos no Centro de Pesquisas (Cenpes) da Ilha do Fundão, no Rio de Janeiro. A empresa apenas demitiu Cristiano Medeiros de Souza, acusado pelos assédios. Precisou o Ministério Público do Rio (MP-RJ) para a empresa tomar alguma atitude, possivelmente evidenciando que os casos são acobertados pelo alto escalão.

Mulheres denunciam assédio sexual na Petrobras: "dormia com chave de fenda"
O Cenpes, na Ilha do Fundão, Rio de Janeiro / Foto: Divulgação

Bárbara Bezerra, outra funcionária, também relatou casos próprios:

“Em 2019, eu estava embarcada e um homem ligou para o meu alojamento, se masturbando. Eu desliguei, ele ligou de novo. Perguntou se eu estava sozinha, querendo continuar a “conversa sensual”. Eu me deparei sozinha no alojamento, com a porta quebrada e aberta” – disse Bárbara.

“Fui relatar ao gerente o que tinha acontecido, e ele me perguntou: “Mas você está paquerando alguém? Você está dando mole para alguém?” Eu respondi que não, que isso aqui é um ambiente de trabalho” – finalizou a funcionária.

Ao pedir que a empresa rastreasse as ligações do assediador, o chefe disse que não haviam câmeras que pudessem identificar o suspeito. “Comecei a sentir medo, achei que ele podia me empurrar no mar ou em um tanque. Senti coisas que eu nunca senti antes no trabalho”, contou Bárbara.

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