No sábado (7), o governo iraniano em Teerã enforcou mais dois protestantes. Mohammad Mehdi Karami, de 22 anos de idade e campeão nacional de karatê, e Mohammad Seyyed Hosseini, de 39 anos e treinador de crianças. 1w653f
Eles receberam as sentenças de morte após as autoridades iranianas os acusarem de matarem Seyed Ruhollah Ajamian, um membro da milícia de Basij, na cidade de Karaj. O fato supostamente aconteceu no dia 3 de novembro de 2022.
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A ativista Halaleh Taheri, fundadora da Organização para Mulheres e para a Sociedade do Oriente Médio, que atua em Londres, Inglaterra, comentou sobre as execuções:
“Meu coração está com os familiares deles, enlutados e chocados com as notícias. É algo devastador, além de nossa tolerância. Não podemos mais aceitar o regime do Irã e sua brutalidade. Basta!”
Taheri afirma que o governo do Irã reage através de execuções por puro medo de sua própria população. Segundo ela, se o povo parar de protestar, o número de enforcamentos será muito maior:
“Quatro manifestantes foram executados e 20 estão no corredor da morte. O medo convive com a ira, não existe escolha para os iranianos. Se pararem com os protestos, o regime começará a matar mais gente. A única solução é pôr fim à esse regime”
Os iranianos e outras pessoas ao redor do mundo estão prestando homenagens aos executados pelo governo de Teerã. Nas redes sociais, eles pedem para que seus nomes sejam marcados na história e martirizados, pela luta pelos direitos das mulheres e pela morte da jovem Mahsa Amini.
#StopExecutionsInIran
Say their Names💔#moshenshekari #majidrezarahnvard #MohammadHosseini #MohammedMehdiKarimi https://t.co/W07ogld0XV— Olarte Alexandra (@olarte012) January 8, 2023